quinta-feira, 7 de março de 2013

RUBENS BARRICHELLO


Rubens Barrichello

Rubens Gonçalves Barrichello, mais conhecido como Rubinho Barrichello (São Paulo, 23 de maio de 1972), é um automobilista brasileiro que disputou de maneira ininterrupta o campeonato mundial de Fórmula 1 entre os anos de 1993 e 2011, tendo se tornado o piloto mais experiente da história dessa categoria. Foi presidente da GPDA , a Grand Prix Drivers' Association e representante dos pilotos de Fórmula 1.
Barrichello guiou pela Scuderia Ferrari de 2000 a 2005, como companheiro de equipe de Michael Schumacher, desfrutando de um grande sucesso, incluindo terminar como vice-campeão em 2002 e 2004. A aposentadoria de Schumacher no final de 2006 fez de Barrichello o piloto mais experiente do grid e, no Grande Prêmio da Turquia de 2008, ele atingiu a marca de 257 largadas, tornando-se o piloto com maior número de corridas disputadas na Fórmula 1. Em 2010, no Grande Prêmio da Bélgica de 2010, atingiu a incrível marca de 300 GPs disputados.
Após competir pela Brawn GP na temporada de 2009, ele foi confirmado para temporada de 2010 na equipe Williams, tendo renovado para temporada de 2011. Em 2011 Rubens disputou sua 19ª temporada, tornando-se o piloto com maior número de temporadas ininterruptas disputadas. Na temporada de 2012, após ser substituído na Williams por Bruno Senna, Barrichello não encontrou oportunidade em outra equipa e, por essa razão, não disputará o campeonato. Com isso, ele irá correr na Fórmula Indy.

Primeiros anos

Rubinho conquistou cinco títulos brasileiros de kart, sendo considerado imbatível na época. Fez um ano de F-Ford no Brasil (1989), tendo vencido a primeira etapa em Florianópolis, circuito de rua e com pista molhada. No ano seguinte, foi competir na Europa. Foi campeão da Fórmula Opel em seu ano de estréia, 1990, com seis vitórias, sete pole positions e sete voltas mais rápidas. No ano seguinte foi campeão da Fórmula 3 inglesa, pela equipe West Surrey Racing, derrotando David Coulthard. Aos dezenove anos foi então para a Fórmula 3000 na qual terminou em terceiro lugar na classificação geral.

Fórmula 1

1993-1996: Jordan
Em 1993 iniciou sua carreira na Fórmula 1 pela Jordan. Neste ano, ele vence o evento Formula One Indoor Trophy. Em 1994 conquista seu primeiro pódio no GP do Pacífico em Aida e a sua primeira pole-position, no GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. No mesmo ano conquistou a sexta colocação do campeonato a frente de uma Williams, uma Benetton e uma McLaren, alguns dos melhores carros da época, sempre lembrando que na Benetton e na Williams, houve revezamento no 2º carro da equipe. Assim nenhum piloto fez mais que dez corridas na vaga de segundo piloto dessas equipas. Em 1995 conquistou seu melhor resultado até então, segundo lugar no GP do Canadá no circuito Gilles Villeneuve.
1997-1999: Stewart
Em 1997, após uma difícil negociação com a Benneton, onde ele quase cogitou ir para a Formula Indy, Jackie Stewart, que acabara de fundar sua equipe - a Stewart -, chama Barrichello para ser o primeiro piloto e ajudar no desenvolvimento do carro. Logo de cara consegue alguns feitos, como um 3º lugar no grid do Grande Prêmio da Argentina, e um segundo lugar em Mônaco, além de algumas grandes corridas como na Áustria. Em 1998, um carro mal construído acabou lhe rendendo muita dor de cabeça e apenas um 5º lugar no Canadá como melhor resultado. Já no ano seguinte a história foi outra, com um carro excelente e um grande motor foram três terceiros lugares, em Ímola, Magny-Cours e Nürburgring (1999). Uma 'pole position' Magny-Cours (a segunda da sua carreira) e 23 voltas na liderança do Interlagos, quando abandonou com o motor estourado. Logo em seguida, recebeu proposta da McLaren, a qual ganhou mais espaço no meio automobilístico mas não durou muito tempo, pois aceitou a proposta milionária da concorrente.
2000-2005: Ferrari
Em 2000, é contratado para correr pela Ferrari. Lá foi duas vezes vice-campeão mundial e venceu nove Grandes Prêmios. Em 30 de julho de 2005 é anunciada sua contratação pela antiga equipe BAR (depois Honda F1) para dirigir um dos carros da equipe a partir da temporada de 2006.
Embora quase sempre tenha demonstrado ser um piloto competente, pesou contra ele o fato de a torcida brasileira procurar um sucessor para Ayrton Senna, feito que Rubens não conseguiu atingir, pois, não chegou a fazer frente a pilotos como Michael Schumacher e Mika Häkkinen. Grande parte da expectativa criada pela possibilidade de ele ser campeão foi alimentada pela imprensa brasileira e pelo próprio piloto que sempre fala de "suas chances" de vitória.
Em sua passagem de seis temporadas pela Ferrari, sempre viveu à sombra de Schumacher, o qual efetuou o maior domínio de um piloto na Fórmula 1. Rubens Barrichello conseguiu sagrar-se vice em dois Campeonatos Mundiais de F1, em 2002 e 2004. Em 2004, apesar de não ter obtido o título, fez pontos suficientes para ser campeão com folga em quase todas as edições anteriores da competição (tornou-se então o segundo maior pontuador em um único campeonato da história da Fórmula 1).
2006-2008: Honda
Em 2006, Rubens passou por uma período de adaptação na equipe Honda tendo, no início da temporada, resultados inferiores aos de seu companheiro de equipe o britânico Jenson Button. No decorrer da temporada as performances dos pilotos acabaram por se igualar, com supremacia de um ou de outro, dependendo do circuito. Isso aconteceu até o GP dos Estados Unidos, quando Barrichello empatou com Button no campeonato, somando 16 pontos. Mas na segunda metade do campeonato, o inglês foi bem superior. Button venceu 1 corrida, conseguiu outro pódio e somou 40 pontos, enquanto o brasileiro somou apenas 14, ficando atrás por 56x30, em pontos, no campeonato.
Porém, em 2007, a equipe Honda não conseguiu criar um carro no nível das outras equipes da Formula 1 que tem orçamento anual semelhante ao seu. Rubens Barrichello passou o ano sem marcar nenhum ponto. Button conseguiu marcar 6.
Em 2008, a equipe Honda também não criou um carro competitivo, mas ainda assim foi (pouco) melhor do que o de 2007, permitindo que Rubens Barrichello pontuasse em três provas (GP de Mônaco, GP do Canadá e GP da Inglaterra) e obtivesse pódio (3º lugar no Grande Prêmio da Inglaterra), graças a uma estratégia bem sucedida executada durante a corrida, onde a equipe trocou os pneus intermediários por compostos de chuva forte, que eram os mais adequados às condições da pista. Rubens Barrichello conquistou 11 pontos e Jenson Button 3 pontos.
2009: Brawn GP
Após muitas especulações de que a Honda já estava abandonando a categoria (devido à crise financeira mundial, que culminou também na saída das equipes da Toyota e BMW (esta em 2009), eis que Ross Brawn compra todos os direitos da antiga equipe de Fórmula 1, pelo valor simbólico de uma Libra. Então Barrichello, tido como piloto aposentado no final de 2008, foi confirmado em 2009, para correr novamente ao lado de Button, na Brawn GP, equipada com motores Mercedes. Em 12 de Março de 2009, a bordo de seu Brawn GP, quebrou o recorde do circuito de Montemeló. Na sua primeira corrida pela Brawn GP, o Grande Prêmio da Austrália de 2009, terminou na segunda colocação,sendo seu companheiro Jenson Button o vencedor da etapa. Já na segunda prova deste ano, Barrichello, com a prova terminada a 24 voltas do final, acabou ficando na quinta posição, ganhando apenas metade dos pontos que ganharia se a corrida tivesse terminado sem problemas, ou seja: ganhou apenas 2 pontos.
No Grande Prêmio da Europa de 2009, disputado em 23 de agosto de 2009 em Valência, na Espanha, Rubens conquista sua primeira vitória na temporada, a décima na carreira e a centésima de pilotos brasileiros na principal categoria do automobilismo mundial. Em 13 de setembro, consegue a segunda vitória em 2009, no Grande Prêmio da Itália, disputado no autódromo de Monza. Já em 17 de outubro, consegue fazer a pole position em casa, no GP do Brasil. Com o feito, Rubens faz a sua primeira pole do ano e a primeira em cinco anos, desde o GP da China de 2004.
Ao final do GP do Brasil, na oitava posição,Rubens não conseguiu impedir que Jenson Button conquistasse o título da temporada e levar a decisão para o Grande Prêmio de Abu Dhabi. E no GP de Abu Dhabi, o último da temporada de 2009, viu o alemão Sebastian Vettel conquistar o vice-campeonato ao chegar apenas na quarta posição, enquanto o alemão venceu a corrida. Barrichelo terminou o campeonato com a terceira colocação e 77 pontos somados.
2010-2011: Williams
Em 2 de outubro de 2009 a equipe Williams confirmou a contratação do piloto para a temporada de 2010 com opção também para 2011. Sua estreia pela nova equipe foi no Grande Prêmio do Bahrein de 2010, disputado em 14 de março, terminando a corrida na décima posição.
Barrichello foi bastante elogiado no início da temporada, pelo diretor técnico Sam Michael, pela ajuda que estaria dando no desenvolvimento do carro. Seus melhores resultados na primeira metade da temporada foram um quarto lugar no GP da Europa, em Valência, e um quinto lugar no GP Da Inglaterra, em Silverstone.
Em 11 de novembro de 2010, foi confirmada sua renovação de contrato com a Williams, para a temporada 2011.
No dia 11 de janeiro, Rubens foi o escolhido pela equipe para estrear o novo modelo, FW33, no primeiro dia de testes da pré-temporada realizados em Valência, a partir de Fevereiro.

Fórmula Indy

No dia 30 de janeiro de 2012, o brasileiro participou de testes pela equipe KV Racing da Fórmula Indy, onde corre Tony Kanaan, seu amigo pessoal. No dia 1 de março, durante entrevista coletiva de imprensa em São Paulo, foi anunciado oficialmente seu ingresso na categoria.
A estréia aconteceu no dia 25 de março, no Grande Prêmio de São Petersburg, na Flórida. Barrichello terminou a corrida em 17º lugar.
Na etapa seguinte, no Grande Prêmio do Alabama, após largar em na 14ª colocação, Barrichello conseguiu se recuperar, terminando a corrida em 8º.
Na etapa de Long Beach, Barrichello largou em 22º lugar no grid, após punição de dez lugares imposta a todos os carros com motores da Chevrolet, trocados antes da milhagem permitida. Com um bom desempenho, chegou a ocupar a quarta colocação, mas foi obrigado a parar para reabastecer quando faltavam sete voltas para o final. Na ultima volta, ocupava a sétima colocação quando foi atingido por Helio Castroneves, terminando a classificação em 9º.
No dia 7 de maio, Barrichello pilotou pela primeira vez em um circuito oval durante testes realizados no circuito Texas Motor Speedway, em Fort Worth. No dia 10, participou de testes realizados no circuito oval de Indianápolis, dedicados aos estreantes da categoria.

Stock Car Brasil

Em 24 de setembro de 2012, Barrichello confirmou sua participação na última etapa da temporada da Stock Car Brasil de 2012, a convite da equipe Medley/Full Time. Durante os primeiros testes realizados no dia 15 de outubro, foi divulgado que sua estreia na categoria seria antecipada para a segunda etapa de Curitiba. Após largar em 15º lugar no grid, Barrichello sofreu com a confusão na largada e um pneu furado, terminando a corrida em 22º lugar.

Estatísticas na F1

Rubens Barrichello chegou ao GP do Brasil de 2011 sendo o piloto com maior participação em grandes prêmios: 326, com 322 largadas (contra 256 de Patrese). Outras marcas destacam o desempenho do piloto:

  • 209 provas concluídas na zona de pontuação;
  • 68 pódios (sendo o quinto piloto a subir mais vezes ao pódio da Fórmula 1);
  • 658 pontos conquistados (sendo o 7º maior pontuador).

Conquistas

Prémios

  1. Melhor Novato Indy-500 2012 (2012)

Títulos

  • Fórmula Opel (1990)
  • Fórmula 3 Inglesa (1991)
  • 500 Milhas da Granja Viana (1998, 2000, 2001, 2002, 2004, 2005, 2007 e 2008)
  • Cinco vezes campeão Brasileiro de Kart
  • Cinco vezes campeão Paulista de Kart
  • Desafio das Estrelas de Kart (2008)


Registros na Fórmula 1


  • Temporadas - 1993-2011
  • Equipas - Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams
  • GPs disputados - 326 (322 largadas)
  • Títulos - 0
  • Vitórias - 11
  • Pódios - 68
  • Pontos - 658
  • Pole positions - 14
  • Voltas mais rápidas -17
  • Primeiro GP - Grande Prémio da África do Sul de 1993
  • Primeira vitória - Grande Prémio da Alemanha de 2000
  • Última vitória - Grande Prémio da Itália de 2009
  • Último GP - Grande Prémio do Brasil de 2011


Sem comentários:

Enviar um comentário