segunda-feira, 25 de setembro de 2017

CAMPEONATO NACIONAL DE MONTANHA VALVOLINE 2017 FINAL DE ÉPOCA

PEDRO SALVADOR VENCEDOR, RUI RAMALHO CAMPEÃO

Com o final da Rampa de Boticas terminou também o Campeonato Nacional de Montanha Valvoline 2017, ficando definidos os nomes dos campeões de uma das mais competitivas épocas de sempre desta disciplina. A prova exemplarmente organizada pela Demoporto, com o importantíssimo apoio da autarquia local, teve por vencedor Pedro Salvador em Silver Car EF10. O piloto flaviense conseguiu o triunfo com o tempo total de 4:24s228, garantindo mais um recorde para sua conta pessoal, neste que foi o segundo ano de realização desta prova.

“Saio daqui muito satisfeito pelo trabalho que desenvolvemos, tive um carro em grandes condições e fiz o que me competia, dar o melhor para vencer. Felizmente conseguimos ganhar, não foi suficiente para chegar ao título, mas não é isso que me deixa triste, umas vezes ganhamos outras perdemos, é este o aliciante maior do automobilismo. Quero dar os meus parabéns ao Rui é um grande vencedor deste campeonato, um dos mais renhidos dos últimos anos. Parabéns à minha equipa, esteve sempre a um nível muito elevado ao longo do ano!” Disse Pedro Salvador.

Num fim-de-semana onde interessava sobretudo garantir os pontos relativos ao segundo lugar, Rui Ramalho esteve sempre à defesa, não arriscando minimamente. Este resultado garantia ao piloto do Osella PA21s Evo o seu primeiro título e tudo correu como planeado, com Rui Ramalho a ser o segundo e a selar a sua conquista.

“Estou muito, muito, feliz por mim e pela minha equipa e em especial pelo meu irmão, mentor deste projecto, a quem devo este momento e a quem agradeço do fundo do coração. Este fim-de-semana interessava somente garantir o título, por isso abdiquei de lutar pela vitória e fiz apenas o necessário para finalizar a prova logo atrás do Pedro e garantir esse objectivo. Parabéns também ao Pedro Salvador, um adversário duríssimo e que deu um sabor muito especial a esta conquista, algo que eu já perseguia desde 2014.” Afirmou o novo campeão nacional, Rui Ramalho.

O derradeiro lugar do pódio na Categoria 1 ficou por conta de Paulo Ramalho, ele que se estreou ao volante do Osella PA2000 Evo tripulado pelo seu irmão ao longo do ano, com Nuno Guimarães em BRC CM02 a ser o quarto classificado. Azar para Hélder Silva (Juno CN09) e João Fonseca (BRC CM05 Evo), que ficaram fora de prova no Sábado. O primeiro devido a um despiste e o segundo devido a um motor partido no protótipo espanhol.

Atrás dos dois primeiros da geral absoluta e da Categoria 1, terminou o vencedor da Categoria 2 e do campeonato reservado aos GT, José Correia num Nissan GT-R GT3. Com o excelente tempo final de 5:03s154, Correia esteve imparável nesta prova, garantindo o título na frente de Gonçalo Manahu em Porsche 997 GT3 Cup. Silvino Pires foi terceiro na estreia do seu Porsche 997 GT3R.

“Não foi fácil, mas consegui chegar ao título! Este ano tivemos de corrigir muitas coisas e se começamos mal a época, conseguimos, entretanto, encarreirar, com a equipa a colocar o carro em grandes condições. Dei o máximo e vencer esta prova, uma rampa espectacular, de forma a chegar ao título na categoria e também no GT, uma dupla satisfação.” Referiu José Correia

Decidido unicamente nesta derradeira subida de prova, o título no Campeonato de Turismos pertenceu a Joaquim Teixeira. O piloto do Renault Megane Trophy V6, que ganhou a Categoria 5, fez 5:16s322 e travou uma luta emocionante com Manuel Correia, vencedor destacado na Categoria 4 com 5:629, para triunfar com pouco mais de três décimos de segundo de diferença para o rival!

“Estou naturalmente muito contente com este triunfo, que foi conseguido após uma grande luta com o Manuel Correia. Tanto eu como ele podíamos ter vencido, felizmente fui eu, mas se fosse ele, teria sido também um justo vencedor. É um título importante que junto à vitória na Categoria 5, o que faz desta uma grande época para mim.” Disse Joaquim Teixeira.

“Dei tudo o que tinha para ganhar nos Turismos mas não foi possível. O Joaquim Teixeira esteve muito forte e é uma vitória merecida para ele. Resta-me celebrar mais uma vitória na Categoria 4, onde consegui um pleno espectacular e que me deixa muito satisfeito.” Referiu por seu turno Manuel Correia.

O pódio na Categoria 4 ficou completo com a presença de Luis Silva em BMW M3 e de Francisco Marrão em SEAT Leon Supercopa, numa categoria onde ainda pontuaram Carlos Silva (Peugeot 106) e Nuno Pinto (Mazda MX5). Já na Categoria 5, foram Simon Martinez em SEAT Leon MKI e José Cardoso (Citroen Saxo Cup) a ocuparem as posições 2 e 3 do pódio, com Jorge Meira (Citroen Saxo Cup) na posição seguinte.

Já com o título referente à Categoria 3 no bolso desde a segunda subida oficial, Pedro Coelho Saraiva e o Mitsubishi Lancer Evo IX comemoraram com uma vitória esta conquista, realizando o tempo total de 5:37s097. João Guimarães em Peugeot 206 RC foi segundo, deixando o derradeiro lugar do pódio para Sérgio Nogueira em Citroen Saxo Cup. Paulo Nogueira também em Citroen Saxo Cup e José Oliveira em Subaru Impreza, terminaram nos lugares seguintes.

“Depois dos azares que tinha tido na prova anterior, para este fim-de-semana o objectivo era terminar e vencer sem arriscar minimamente. Consegui concretizar estes intentos e por isso finalizei o ano com o título na categoria e o dever cumprido.” Disse José Pedro Saraiva.

Na Taça Nacional de Montanha 1300, a ausência do campeão Armando Freitas, deixou a luta pela vitória entregue a Leonel Brás em Citroen Ax Sport e a Francisco Leite em Fiat Punto. Brás mostrou-se sempre mais rápido garantindo um triunfo fácil com a marca de 6:21s651.

“Muito satisfeito, dei sempre o máximo e a vitória é um justo prémio para mim e para toda a equipa. Tenho pena de não ter começado ao ano mais cedo, porque penso que poderia ter lutado pelo título.” Sintetizou Leonel Brás.

Órfão do seu campeão, José Pedro Gomes, o Campeonato Nacional de Clássicos Montanha teve o domínio de Luís Delgado e do seu Ford Sierra RS500, que com o tempo final 5:27s496, foi sempre o mais rápido ao longo do fim-de-semana, na frente de Flávio Sainhas em Ford Escort MKI. Augusto Vasconcelos foi o terceiro com o seu Ford Escort MKI.

“Estou satisfeito pela vitória numa prova aqui à beira de “casa”. Trouxe este carro para tentar não só vencer, mas também dar algum espectáculo e penso que consegui cumprir todos os objectivos.” Disse Luís Delgado.

No Troféu Nacional de Clássicos Montanha, o vencedor foi Carlos Oliveira em BMW 323i (6:01s841), piloto que garantiu nesta prova o título. Ricardo Loureiro foi segundo com um Ford Escort MKII, seguido por Rui Gama que fechou o pódio com o seu VW “Carocha”.

“Foi pena a ausência do Fernando Salgueiro, teria dado mais brilho a esta luta final pelo título e valorizado ainda mais esta conquista. Ainda assim não posso deixar de estar satisfeito com este triunfo, conseguido numa rampa extraordinária.” Adiantou Carlos Oliveira.

Rei na Taça Nacional de Clássicos Montanha 1300, o veterano Aníbal Rolo em Datsun 1200 Coupé, venceu todas as subidas e comemorou o triunfo nesta competição com marca final de 6:17s494. Nos outros dois lugares com direito a pódio, ficaram Pedro Figueiredo em Datsun 1200 e Domingos Fernandes em Autobianchi A112.

“Muito feliz com este triunfo numa rampa que tem tudo para ser umas das melhores do campeonato. Foi um fim-de-semana muito giro e estou naturalmente feliz pela vitória e pelo título.“ Assumiu Aníbal Rolo.


Colocou-se desta forma uma ”pedra” sobre um emocionante Campeonato Nacional de Montanha Valvoline 2017, esperando-se que o campeonato do próximo ano seja ainda melhor!

FOTO: FPAK

Sem comentários:

Enviar um comentário