PEDRO SALVADOR VENCEDOR, RUI RAMALHO CAMPEÃO
Com o final da Rampa de Boticas terminou também o Campeonato Nacional
de Montanha Valvoline 2017, ficando definidos os nomes dos campeões de uma das
mais competitivas épocas de sempre desta disciplina. A prova exemplarmente
organizada pela Demoporto, com o importantíssimo apoio da autarquia local, teve
por vencedor Pedro Salvador em Silver Car EF10. O piloto flaviense conseguiu o
triunfo com o tempo total de 4:24s228, garantindo mais um recorde para sua
conta pessoal, neste que foi o segundo ano de realização desta prova.
“Saio daqui muito satisfeito pelo trabalho que desenvolvemos, tive um
carro em grandes condições e fiz o que me competia, dar o melhor para vencer.
Felizmente conseguimos ganhar, não foi suficiente para chegar ao título, mas
não é isso que me deixa triste, umas vezes ganhamos outras perdemos, é este o aliciante
maior do automobilismo. Quero dar os meus parabéns ao Rui é um grande vencedor
deste campeonato, um dos mais renhidos dos últimos anos. Parabéns à minha
equipa, esteve sempre a um nível muito elevado ao longo do ano!” Disse
Pedro Salvador.
Num fim-de-semana onde interessava sobretudo garantir os pontos
relativos ao segundo lugar, Rui Ramalho esteve sempre à defesa, não arriscando
minimamente. Este resultado garantia ao piloto do Osella PA21s Evo o seu
primeiro título e tudo correu como planeado, com Rui Ramalho a ser o segundo e
a selar a sua conquista.
“Estou muito, muito, feliz por mim e pela minha equipa e em especial
pelo meu irmão, mentor deste projecto, a quem devo este momento e a quem
agradeço do fundo do coração. Este fim-de-semana interessava somente garantir o
título, por isso abdiquei de lutar pela vitória e fiz apenas o necessário para
finalizar a prova logo atrás do Pedro e garantir esse objectivo. Parabéns
também ao Pedro Salvador, um adversário duríssimo e que deu um sabor muito especial
a esta conquista, algo que eu já perseguia desde 2014.” Afirmou o novo
campeão nacional, Rui Ramalho.
O derradeiro lugar do pódio na Categoria 1 ficou por conta de Paulo
Ramalho, ele que se estreou ao volante do Osella PA2000 Evo tripulado pelo seu
irmão ao longo do ano, com Nuno Guimarães em BRC CM02 a ser o quarto
classificado. Azar para Hélder Silva (Juno CN09) e João Fonseca (BRC CM05 Evo),
que ficaram fora de prova no Sábado. O primeiro devido a um despiste e o
segundo devido a um motor partido no protótipo espanhol.
Atrás dos dois primeiros da geral absoluta e da Categoria 1, terminou o
vencedor da Categoria 2 e do campeonato reservado aos GT, José Correia num
Nissan GT-R GT3. Com o excelente tempo final de 5:03s154, Correia esteve
imparável nesta prova, garantindo o título na frente de Gonçalo Manahu em
Porsche 997 GT3 Cup. Silvino Pires foi terceiro na estreia do seu Porsche 997
GT3R.
“Não foi fácil, mas consegui chegar ao título! Este ano tivemos de
corrigir muitas coisas e se começamos mal a época, conseguimos, entretanto,
encarreirar, com a equipa a colocar o carro em grandes condições. Dei o máximo
e vencer esta prova, uma rampa espectacular, de forma a chegar ao título na
categoria e também no GT, uma dupla satisfação.” Referiu José Correia
Decidido unicamente nesta derradeira subida de prova, o título no
Campeonato de Turismos pertenceu a Joaquim Teixeira. O piloto do Renault Megane
Trophy V6, que ganhou a Categoria 5, fez 5:16s322 e travou uma luta emocionante
com Manuel Correia, vencedor destacado na Categoria 4 com 5:629, para triunfar
com pouco mais de três décimos de segundo de diferença para o rival!
“Estou naturalmente muito contente com este triunfo, que foi conseguido
após uma grande luta com o Manuel Correia. Tanto eu como ele podíamos ter
vencido, felizmente fui eu, mas se fosse ele, teria sido também um justo
vencedor. É um título importante que junto à vitória na Categoria 5, o que faz
desta uma grande época para mim.” Disse Joaquim Teixeira.
“Dei tudo o que tinha para ganhar
nos Turismos mas não foi possível. O Joaquim Teixeira esteve muito forte e é
uma vitória merecida para ele. Resta-me celebrar mais uma vitória na Categoria
4, onde consegui um pleno espectacular e que me deixa muito satisfeito.”
Referiu por seu turno Manuel Correia.
O pódio na Categoria 4 ficou completo com a presença de Luis Silva em
BMW M3 e de Francisco Marrão em SEAT Leon Supercopa, numa categoria onde ainda
pontuaram Carlos Silva (Peugeot 106) e Nuno Pinto (Mazda MX5). Já na Categoria
5, foram Simon Martinez em SEAT Leon MKI e José Cardoso (Citroen Saxo Cup) a
ocuparem as posições 2 e 3 do pódio, com Jorge Meira (Citroen Saxo Cup) na
posição seguinte.
Já com o título referente à Categoria 3 no bolso desde a segunda subida
oficial, Pedro Coelho Saraiva e o Mitsubishi Lancer Evo IX comemoraram com uma
vitória esta conquista, realizando o tempo total de 5:37s097. João Guimarães em
Peugeot 206 RC foi segundo, deixando o derradeiro lugar do pódio para Sérgio
Nogueira em Citroen Saxo Cup. Paulo Nogueira também em Citroen Saxo Cup e José
Oliveira em Subaru Impreza, terminaram nos lugares seguintes.
“Depois dos azares que tinha tido na prova anterior, para este
fim-de-semana o objectivo era terminar e vencer sem arriscar minimamente.
Consegui concretizar estes intentos e por isso finalizei o ano com o título na
categoria e o dever cumprido.” Disse José Pedro Saraiva.
Na Taça Nacional de Montanha 1300, a ausência do campeão Armando
Freitas, deixou a luta pela vitória entregue a Leonel Brás em Citroen Ax Sport
e a Francisco Leite em Fiat Punto. Brás mostrou-se sempre mais rápido
garantindo um triunfo fácil com a marca de 6:21s651.
“Muito satisfeito, dei sempre o máximo e a vitória é um justo prémio
para mim e para toda a equipa. Tenho pena de não ter começado ao ano mais cedo,
porque penso que poderia ter lutado pelo título.” Sintetizou Leonel
Brás.
Órfão do seu campeão, José Pedro Gomes, o Campeonato Nacional de
Clássicos Montanha teve o domínio de Luís Delgado e do seu Ford Sierra RS500,
que com o tempo final 5:27s496, foi sempre o mais rápido ao longo do
fim-de-semana, na frente de Flávio Sainhas em Ford Escort MKI. Augusto
Vasconcelos foi o terceiro com o seu Ford Escort MKI.
“Estou satisfeito pela vitória numa prova aqui à beira de “casa”.
Trouxe este carro para tentar não só vencer, mas também dar algum espectáculo e
penso que consegui cumprir todos os objectivos.” Disse Luís Delgado.
No Troféu Nacional de Clássicos Montanha, o vencedor foi Carlos
Oliveira em BMW 323i (6:01s841), piloto que garantiu nesta prova o título.
Ricardo Loureiro foi segundo com um Ford Escort MKII, seguido por Rui Gama que
fechou o pódio com o seu VW “Carocha”.
“Foi pena a ausência do Fernando Salgueiro, teria dado mais brilho a
esta luta final pelo título e valorizado ainda mais esta conquista. Ainda assim
não posso deixar de estar satisfeito com este triunfo, conseguido numa rampa
extraordinária.” Adiantou Carlos Oliveira.
Rei na Taça Nacional de Clássicos Montanha 1300, o veterano Aníbal Rolo
em Datsun 1200 Coupé, venceu todas as subidas e comemorou o triunfo nesta
competição com marca final de 6:17s494. Nos outros dois lugares com direito a
pódio, ficaram Pedro Figueiredo em Datsun 1200 e Domingos Fernandes em
Autobianchi A112.
“Muito feliz com este triunfo numa rampa que tem tudo para ser umas das
melhores do campeonato. Foi um fim-de-semana muito giro e estou naturalmente
feliz pela vitória e pelo título.“ Assumiu Aníbal Rolo.
Colocou-se desta forma uma ”pedra” sobre um emocionante Campeonato
Nacional de Montanha Valvoline 2017, esperando-se que o campeonato do próximo
ano seja ainda melhor!
FOTO: FPAK
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